quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

AVELOZ versus CÂNCER

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DROGA CONTRA CÂNCER EM TESTE.
adaptado de artigo publicado n’O ESP em 07-08-08, caderno ESPECIAL - BIODIVERSIDADE, folha X 3.
Hospital Albert Einstein avalia remédio feito com planta medicinal
De uma garrafada tipicamente nordestina pode nascer o primeiro medicamento 100 % brasileiro para o tratamento de cânceres.
O produto foi desenvolvido a partir de uma planta conhecida como avelós e se mostrou eficaz em testes ‘in vitro’ e com animais.
Agora ele começa e ser avaliado clinicamente em pacientes do Hospital Albert Einstein, em S. Paulo.
A árvore, presente no Brasil e em outras partes do mundo, há anos é manipulada em chás e nas tais garrafadas – misturas feitas com plantas consideradas medicinais pelo conhecimento popular e usada para os mais diversos fins.
O suposto potencial antitumoral do avelós havia despertado a curiosidade de cientistas, mas as várias tentativas de transformá-lo em medicamento se mostraram frustradas, por conta do seu alto teor de toxicidade.
Nenhuma tinha ainda conseguido comprovar sua segurança ou eficácia.
Até que entrou em cena o empresário do setor de bebidas Everardo Ferreira Telles, que viu um parente com câncer apresentar melhoras após tomar o preparado em Teresina, PI.
Oncologistas alegaram que era apenas uma coincidência mas, intrigado com o resultado, Telles resolveu investir em pesquisas com a planta.
O pesquisador Luis Francisco Pianowski, proprietário de uma empresa de consultoria farmacêutica, foi chamado para fazer o meio de campo entre pesquisadores e a indústria,
“Quando ele me procurou, confesso que estava um pouco cético, mas depois percebi que os resultados eram realmente promissores”, conta o farmacêutico, que coordenou os estudos junto a laboratórios e uma universidade do Brasil e no exterior, alem do Einstein.
O trabalho começou há apenas cinco anos, tempo considerado curto para a media de desenvolvimento de novas drogas, que costuma ser de dez anos, mas Pianowski afirma que isto se deveu aos altos investimentos.
Sem citar cifras nem mais detalhes sobre a molécula isolada, o pesquisador só conta que ela age inibindo os enzimas relacionados à multiplicação dos tumores e tem potencial antiinflamatório e analgésico.
Ele credita boa parte dos avanços dos estudos também ao fato de os pesquisadores terem identificado uma espécie menos comum de avelós (família das Euphorbiaceaea) que apresenta uma concentração menor de substâncias tóxicas.
Mas os pesquisadores fizeram ainda uma depuração da toxicidade para deixá-la adequada ao consumo humano.
No trabalho de desenvolvimento da molécula esteve envolvido, entre outros, o laboratório do farmacologista João Calixto, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Parcerias anteriores entre Calixto e Pianowski renderam, por exemplo, o antiinflamatório de uso tópico feito com a erva-baleeira ou maria-milagrosa (Cordia verbenacea), um dos mais vendidos hoje no Brasil.
Alem de testar a segurança, as pesquisas farmacológicas serviram ainda para padronizar a planta, aumentando seu potencial, visto que não chegou a ser desenvolvida uma molécula sintética.
“A idéia é continuar utilizando a planta, para não desconfigurar a característica fitoterápica”, explica Pianowski.
O projeto recém iniciado no Einstein tenta agora comprovar a eficácia e a qualidade do produto.
Segundo o médico Dagoberto Brandão, da empresa PHC Pharma Consulting, que coordena os testes clínicos junto com Augusto Paranhos, gerente de pesquisa clínica do Einstein, a droga está sendo avaliada originalmente para tumores de mama e próstata.
Esta primeira etapa, com 20 voluntários, busca descobrir a dose mais bem tolerada pelos pacientes.
“Um possível efeito colateral é a diarréia, então temos que ver a dose máxima que podemos dar sem que isso se torne um problema”, diz Brandão, que participou do desenvolvimento do antiinflamatório à base de erva-baleeira.
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ALERTA SOBRE GORDURA HIDROGENADA ...

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d:\dados\ saúde \ higienismo \ alertas \ alerta – alimentação com gordura trans..
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GORDURA TRANS : o perigo oculto pela alimentação.
adaptado de artigo por Antonio Carlos do Nascimento, médico da USP.
Médico Endocrinologista, Doutor em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da USP, Nascimento tem vários artigos publicados ; a seguir, veja um deles que trata dos efeitos da gordura trans presente nos alimentos.
Por muito tempo, o colesterol foi tido e havido como o mais maldoso vilão na arte de gerar doenças vasculares, com destaque para as coronariopatias.
De fato, quando exageramos na ingestão de gorduras animais [e só tecidos animais produzem colesterol], sobrecarregamos nosso organismo com o famoso agente causador de doença vascular, que está quase sempre assessorado e associado a gorduras saturadas [imaginemos aqui a famosa gordura da picanha] e, dependendo da disposição genética e da insistência no erro alimentar, o capitulo final pode ser mesmo a morte por coronaropatia ou doença vascular cerebral, sem nem citar as fases intermediárias.
Porém, o tempo permitiu a defesa parcial e acadêmica desta substancia, sem a qual nem mesmo existiríamos, já que faz parte da estrutura celular de todas as nossas células.
Na verdade, produzimos 70 % de nosso colesterol circulante, os outros 30 % são oriundos da dieta, e possuímos capacidade de metabolizá-lo, basta que não ultrapassemos o limite individual da ingestão de gorduras animais, para um determinado organismo.
Mas durante os últimos 30 anos não fizemos só controle da ingestão de colesterol e gorduras saturadas, fizemos melhor, as principais fontes destas gorduras foram combatidas de frente, trocamos as gorduras de banha de porco [que nas dietas de 1960 eram vendidas em latas grandes de 1 ou 5 quilos], e a manteiga, pela ‘corretíssima’ gordura vegetal hidrogenada que, em sua forma mais palatável, é conhecida como margarina.
O mais legal é que esta forma de gordura sólida permitiu a produção de alimentos congelados elaborados, que podem ser guardados por muito mais tempo sem apresentar ranço ou piora no sabor.
Ótima também para derreter e fritar batatas e salgadinhos, deixando-os sequinhos e crocantes pois, quando a gordura esfria, volta à forma sólida e da o charme crocante ao produto.
Biscoitos feitos com essa gordura duram muito mais e ficam também muito mais crocantes – e tudo isso com óleo vegetal, só modificado para ficar mais sólido.
Que maravilha, não ?
Pois é, foi ai que erramos ; a gordura vegetal é em sua maior parte líquida, seja óleo de soja, canola, amendoim, milho ou oliva ; ocorre que o contato entre seus átomos de carbono é, em boa porcentagem, feito por ligações atômicas duplas ou triplas, e estas não permitem organização espacial para solidificação.
Colocar qualquer destes óleos vegetais em uma câmara de alta pressão de hidrogênio faz romper as ligações duplas e triplas e, nas valências livres criadas pelo processo, encaixam-se os hidrogênios.
Daí, gordura vegetal hidrogenada.
Muito bom ?
Não, péssimo.
Não temos leitura metabólica para essa estrutura, que nos invade a circulação após a digestão e acessa nossas membranas celulares em todos os sistemas, causando transtornos de toda espécie, incluindo doenças vasculares e transtornos metabólicos.
É até possível – e ai vai um devaneio do autor – que esta verdadeira horda de obesos pelo mundo afora tenha um patrocínio deste tipo danoso de gordura sólida, que vai além dos adendos calóricos.
O conhecimento dos danos causados pela gordura hidrogenada – que é um tipo de gordura trans – vem se acumulando nos últimos anos, com aprendizado suficiente para classificá-la como muito mais prejudicial à saúde que as gorduras animais.
0 consumo máximo permitido deste tipo de gordura é próximo de zero, tais são os malefícios entregues por ela.
E agora, o que fazer no meio de tantos interesses envolvidos ?
Se não sabemos, tem quem saiba.
A prefeitura de Nova York tomou partido cedo, e na cidade que é a “esquina do mundo”, os incomodados que se mudem, e interessados se adaptem pois, a partir de junho de 2007, nada pode ser elaborado com as tais gorduras vegetais hidrogenadas ; mais, a partir de junho de 2008, nada que contenha gordura poderá ser comercializado na ‘grande maçã”.
Já tem muita cidade nos EUA querendo engrossar o coro da cidade da “Broadway”, tomando atitudes semelhantes.
No brasil, a “ANVISA” tomou, em setembro de 2006, a conduta que nos EUA está estabelecida desde janeiro do mesmo ano, e tornou obrigatória a especificação da presença deste tipo de gordura, assim como a sua quantidade, em qualquer produto alimentício comercializado.
Já que sonhar não é [ainda] proibido, e São Paulo em tantos aspectos se assemelha à “capital do mundo”, quem sabe não lideraremos o movimento latino americano para o bem estar vascular ...

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ALERTA SOBRE ADOÇANTES ...

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ADOÇANTES – só é gordo quem quer.
adaptado de artigo por Maria Carolina do Nascimento.
Médica Endocrinologista, Doutora em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da USP, Maria Carolina do Nascimento é a autora do artigo abaixo ; é um alerta aos usuários de edulcorantes, que vale a pena conferir.

Os adoçantes dietéticos e seus limites.

Os chamados adoçantes dietéticos, isentos ou com baixíssima carga calórica, foram criados com a intenção de fornecer sabor semelhante ao açúcar e não ser metabolizado como ele, para diminuir muito o transtorno das pessoas que apresentem comprometimento total ou parcial do pâncreas em fabricar insulina.
Porém, o fato de um bolo ser feito com um adoçante dietético ao invés do açúcar não abre ao diabético a possibilidade de fartura ; o único beneficio, a principio, é a prevenção da súbita elevação dos níveis de açúcar em uma pessoa com dificuldades na sua metabolização.
Farinha de trigo – geralmente a branca –, manteiga, fermento, são todos ingredientes mesmo dos bolos mais simples e todos estes produtos, em maior ou menor tempo, são absorvidos diretamente como açúcar [caso da farinha de trigo] ou como ácidos graxos e glicerol [caso da manteiga, margarina ou outra gordura], e todos estes elementos são carregados de calorias.
Ou seja, mesmo nas pessoas diabéticas o beneficio dos adoçantes é meramente parcial, sendo extremamente importante o controle quanto ao aporte calórico total, com uma boa distribuição durante as 24 horas do dia para não haver grandes picos no nível do açúcar sanguíneo nem tampouco níveis constantemente altos.
Porém, hoje em dia os adoçantes dietéticos não participam somente da vida dos diabéticos, mas fazem parte do crescente universo de uma população que engorda vertiginosamente e vai se agarrando a tudo que pareça ajudar no intento de comer o que quiser e não engordar.
LEDO ENGANO ...
O maior consumo per capta do mundo de produtos diet / light é dos EUA, e nem por isso a população americana para de engordar.
De inicio, Diet era o produto sem açúcar, originalmente destinado a diabéticos ; Light era um adjetivo destinado a produtos com baixa caloria por conterem menos gordura e nada de açúcar se o produto precisasse de sabor adocicado ; indivíduos com elevados níveis de colesterol foram o primeiro alvo dos chamados Produtos Light.
Hoje os dois termos – diet e light – são usados indistintamente e têm o mesmo significado : baixas calorias por isenção de açúcar e / ou diminuição da quantidade de gordura ; por isto o termo diet / light.
Porém, se as gorduras hidrogenadas só há pouco passaram a ser questionadas quanto aos danosos efeitos colaterais à saúde de quem as consome, os adoçantes dietéticos já enfrentam a sociedade científica desde “os idos de 1897” quando foi criada a Sacarina, sendo este o primeiro adoçante, obtido a partir de um subproduto do petróleo e entrando em uso comercial em 1990.
Muito se tem questionado desde então quanto aos seus possíveis efeitos deletérios no organismo humano.
A maior parte dos atuais adoçantes artificiais no mercado brasileiro são também aprovados nos EUA, com níveis de segurança teoricamente difíceis de serem ultrapassados.
O Aspartame tem sido a bola da vez no quesito danos relacionados ao uso, tendo sido incriminado como causador de diversas doenças, e a mais constantemente citada como possível resultante do uso de aspartame é uma síndrome semelhante à esclerose múltipla, em que os movimentos voluntários








são interrompidos em tempos variáveis por outros que não resultam da vontade do individuo ; a evolução é errática e vai inicialmente transtornando a qualidade de vida da pessoa, para depois dificultar e impedir a continuidade da vida.
A maior parte destas divulgações são feitas a partir da Internet e não são fundamentadas em trabalhos científicos, não havendo provas irrefutáveis de quais doses deste saboroso adoçante possam trazer algum problema.
Aspartame é obtido a partir de fenilalanina e ácido aspártico, não devendo pois ser usado par pessoas com fenilcetonúria, uma rara doença congênita pesquisada ao nascimento com o teste do pezinho.
O aspartame não deve ser levado a altas temperaturas, já que perde o poder adoçante e talvez, neste caso, formem-se complexos tóxicos.
O Ciclamato é contra indicado para pessoas com problemas renais e aos hipertensos, já que apresenta sódio na fórmula e, como já se sabe, ele aumenta os níveis pressórios e, em pacientes renais, é excretado com maior dificuldade ; mesmo nestes casos, entretanto, o uso das doses habituais está muito longe de riscos.
A Sucralose é adoçante obtido a partir da modificação da sacarose – açúcar, de cana ou beterraba – e tem sabor agradável ; vai se estabelecendo como boa opção na substituição do açúcar.
A Stévia, com a virtude de ser o único adoçante “dietético” natural, ainda agrega as qualidades de não ser metabolizada e resistir a altas temperaturas.
Este triunvirato de qualidades faz da stévia a grande vedete dentre as substancias usadas em lugar do açúcar.
A planta que da origem a este adoçante é originária da Serra do Amambaí, entre o Paraguai e o Sul do Brasil, e já tinha seu poder adoçante reconhecido pelos índios.
Outro beneficio muito explorado pela indústria de adoçantes é que não favorece a ocorrência de caries, dado o fato das bactérias patrocinadoras da carie nutrirem-se de açúcar.
Virtudes e defeitos, riscos e segurança, somente o tempo nos dirá e os estudos nos darão a certeza.
Todos os adoçantes dietéticos são sempre indicados aos diabéticos, no tratamento da obesidade, e algo discutível em quem visa se proteger dos efeitos do açúcar.
Como a faixa de segurança dificilmente é alcançada, procure seu medico para obter informações sobre cada produto.








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